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Doenças das Glândulas Adrenais (Suprarrenais) 

 

Todos nós temos duas glândulas adrenais, também chamadas suprarrenais, localizadas no abdome, acima de cada um dos rins. As glândulas adrenais são formadas por duas partes:


Medula:

 

é a parte interna da glândula, secreta hormônios como a adrenalina, que ajudam a controlar a pressão arterial, a frequência cardíaca, o suor, entre outras atividades. 


Córtex:

 

é a parte mais externa da glândula, secreta vários hormônios, tais como: os glicocorticoides (ex.: o cortisol), que têm um papel importante no controle do metabolismo e na resposta ao estresse; os mineralocorticoides (ex.: a aldosterona), que controlam a pressão arterial e as concentrações de sódio e potássio do corpo; e os andrógenos (ex.: a SDHEA – sulfato de desidroepiandrosterona) que, entre outros papeis, interferem na distribuição dos pelos do corpo, na oleosidade da pele e nos ciclos menstruais das mulheres.


As principais doenças das glândulas adrenais (suprarrenais) são: 


Hiperplasia Adrenal Congênita

 

É uma doença de causa genética. Em sua forma mais comum, observa-se nas glândulas adrenais a redução da produção dos hormônios cortisol e aldosterona, e o aumento da produção de hormônios andrógenos (hormônios masculinos). Dependendo da intensidade dessas alterações e da faixa etária do indivíduo, podem ocorrer: 


Ao nascimento e nas primeiras semanas de vida: ambiguidade genital (anormalidades da genitália), vômitos, desidratação, hipotensão (baixa pressão do sangue) e ganho inadequado de peso.
Durante a Infância: virilização progressiva (desenvolvimento de características masculinas), crescimento excessivo e puberdade precoce nas crianças. 


Mulheres adultas:

 

aparecimento de pelos grossos, acne, queda de cabelo, irregularidades menstruais e até virilização (desenvolvimento de características masculinas).
 

Síndrome de Cushing Endógena

 

É uma condição clínica resultante da produção continua e excessiva do hormônio cortisol pelas glândulas adrenais. Quando essa produção de cortisol é autônoma, está associada à presença de tumores benignos (adenomas) ou malignos (adenocarcinomas) nas adrenais, ou à presença de hiperplasia (aumento) da glândula, como na hiperplasia adrenal macronodular primária (PMAH) e doença adrenocortical nodular pigmentada primária (PPNAD). Os indivíduos com síndrome de Cushing apresentam, frequentemente, ganho de peso progressivo, obesidade, face arredondada, gibosidade (acúmulo de gordura atrás do pescoço), pele frágil e fina, hematomas, estrias avermelhadas na pele, fraqueza muscular, sensação de cansaço crônico, hipertensão arterial, diabetes, entre outras manifestações.


Hiperaldosteronismo

 

É uma condição médica associada à produção excessiva do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais. Está associada à hiperplasia (aumento) das adrenais ou à presença de um tumor (geralmente benigno) na glândula. A principal manifestação clínica do excesso de aldosterona é a hipertensão arterial (geralmente de controle difícil), às vezes associada a baixos níveis de potássio no sangue.


Feocromocitoma

 

São tumores benignos ou malignos das glândulas adrenais, que secretam no sangue quantidades elevadas dos hormônios adrenalina e noradrenalina. As principais manifestações desses tumores são: hipertensão arterial (geralmente de controle difícil), batimento cardíaco acelerado ou forte, suor intenso, dor de cabeça, tremores e palidez.


Tumores das Glândulas Adrenais

 

As manifestações clínicas do tumores benignos e malignos das adrenais vão depender dos tipos de hormônios que esses tumores produzem (ex.: cortisol, aldosterona, hormônios andrógenos ou adrenalina), da velocidade de crescimento desses tumores e da capacidade dos tumores malignos invadirem outros órgãos.
Insuficiência Adrenal Primária – Constitui uma deficiência do córtex da glândula adrenal, que torna-se incapaz de produzir quantidades suficientes dos hormônios cortisol (glicocorticoide), aldosterona (mineralocorticoide) e andrógenos. As principais manifestações clínicas da insuficiência adrenal primária são: hipotensão postural (queda da pressão arterial quando de pé), fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, desconforto abdominal, náuseas e aumento da pigmentação da pele. Em casos graves, podem ocorrer queda acentuada da pressão arterial (choque), aumento dos batimentos cardíacos, dor abdominal, vômitos, diarreia, desidratação, aumento do potássio, queda do sódio, fraqueza intensa, sonolência e até coma. 


Fonte: Dr. Guilherme Asmar Alencar (Simpósios e Miniconferências: Hipertensão de Origem Endocrinologia 2017, Tratamento da Insuficiência Adrenal 2018 e Hiperandrogenismo na Mulher Adulta 2019; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional SC – SBEM-SC). 

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